"Óscar"
MUSEU DA MARIONETA
23 de Maio às 16h (Sábado) | 24 de Maio às 11h30 (Domingo)
Encenação e cenografia: João Paulo Seara Cardoso Marionetas e figurinos: Júlio Vanzeler Música: Roberto Neulichedl Texto: João Paulo Seara Cardoso, com a colaboração de Sofia Aguiar Reis e Regina Guimarães (Canções) Movimento: Isabel Barros Desenho de luz: António Real Interpretação: Edgard Fernandes, Micaela Soares, Rui Queiroz de Matos Pintura de marionetas e adereços: Emília Sousa Operação de luz e som: Filipe Azevedo Produção: Sofia Carvalho Técnicos de construção: Cláudia Armanda, Vítor Silva Confecção de figurinos: Branca Elíseo Construção de cenografia: Américo Castanheira Fotografia: Henrique Delgado Design gráfico: Júlio Vanzeler Estrutura financiada por: Governo de Portugal - Secretário de Estado da Cultura | DGArtes Técnica: Manipulação à vista Público-alvo: +4 Idioma: Português Duração: Aprox. 55 min.
Óscar é um menino.
Óscar tem um jardim, o seu lugar de brincadeira preferido. No jardim constrói os seus mundos imaginários. Relaciona-se com os animais, as plantas e o Jardineiro Joaquim.
Os amigos do Óscar são: o Porco Cambalhota que um dia cambalhotou até à lua, o Ouriço Ribeiro e a sua fábrica de compota de maçã, a Vaca Radical que bebe a água da chuva, a Laranjeira que só dá laranjas amanhã, o Capitão Iglo que, um dia, encalhou numa poça de água do jardim, as Flores que mudam sempre de lugar, o Gigante que tem um carrocel dentro da cabeça, a Galinha Chocapic que choca um ovo que não é novo e todos os bichos, bicharocos e plantas de jardim.
O espectáculo estrutura-se ao longo das quatro estações. O jardim vai-se vestindo de diversas roupagens. As histórias, a música, as cores, as palavras, os cheiros vão tomando a forma das sensações que caracterizam o jardim durante as diferentes fases do ano.
Chega o inverno. Óscar vê o jardim da janela de sua casa. Quando não chove, brinca com as poças de água. O inverno chega ao fim. A vida renasce de novo no jardim, as luzes de cena apagam…
Ao longo das várias edições do FIMFA o Teatro de Marionetas do Porto teve uma presença constante, ao sabermos que voltava a apresentar este espectáculo criado por João Paulo Seara Cardoso, não podíamos deixar de voltar a partilhar o seu trabalho.
“(...) Casas que falam e outras com remela na janela; uma laranjeira a pentear uma laranja; e, para a construção ser perfeita, um herói chamado Óscar, que é ensanduichado e comido por um gigante, dentro de uma baguete descomunal.
Rimas a rodos, verbos inventados como cambalhotar e lagartar, jogos de palavras e todas as associações de ideias sem nexo como, por exemplo, um capitão Iglo a encalhar numa poça, ou um porco na jaula dos leões a chocar um ovo – não se pode contar com ele no cu da galinha – são algumas das invenções saídas, em fartas doses, da fábrica de João Paulo Seara Cardoso (...).” -Manuel João Gomes, Público
“Espectáculo com duende
(...) A espantosa estrutura cenográfica – uma espécie de mesa-telhado-inclinado por cujos postigos surgem e desaparecem duendes-narradores, cenários, animais ocupados nas suas tarefas domésticas ou empresariais (...) – segundo as regras básicas do teatro narrado ou épico (acima de tudo centrado no gesto do manipulador como nem Walter Benjamin imaginou), permite, sobre um eloquente fundo musical (Roberto Neulichedl), o aparecimento e desaparecimento, à vista, do cenário de cada sequência das projecções metonímicas de nuvens e espaços siderais e até um carrocel, marcando as passagens do tempo e das estações, onde se alinham todas as figuras em miniatura.
Mas, além da poesia que envolve todo o espectáculo, a observação das linhas com que o texto se urde é um motivo adicional de delícias para o espectador adulto (...)." - Eugénia Vasquez, Expresso
BIO
O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em 1988 e, numa primeira fase, centra a sua actividade na criação de espectáculos que resultam da pesquisa do património popular. Desta fase, destaca-se o estudo e reconstituição da velha tradição portuguesa do Teatro Dom Roberto. A partir das raízes, a companhia começa a progredir, ao longo de diversas criações com um certo cariz experimental, no sentido da procura de elementos de modernidade na marioneta. "Exit" (1998) é o espectáculo que mais claramente consolida este rumo.
A prática teatral da companhia, actualmente, revela uma visão não convencional da marioneta, conceito aliás continuamente actualizado, e o entendimento do teatro de marionetas como uma linguagem poética e imagética evocativa da contemporaneidade. Procuram-se encontrar novas formas de concepção das marionetas, no limite objectos cinéticos, e novas possibilidades de explorar a gramática desta linguagem teatral, no que diz respeito à interpretação e à relação transversal com outras áreas de expressão como a dança, as artes plásticas, a música e a imagem.
Os espectáculos criados até hoje pelo TMP destinam-se ou ao público adulto ou ao público jovem e a actividade da companhia divide-se entre as apresentações na cidade do Porto, onde ao longo dos anos criou uma forte corrente de público, e uma intensa actividade de itinerância no país e no estrangeiro.
Após a morte de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010) Isabel Barros assumiu a direcção artística da companhia.
Actualmente, o TMP está empenhado num importante projecto, o Museu de Marionetas do Porto, sedeado no centro histórico da cidade do Porto e que constitui uma mostra pública do importante acervo reunido ao longo dos anos.
Óscar é um menino.
Óscar tem um jardim, o seu lugar de brincadeira preferido. No jardim constrói os seus mundos imaginários. Relaciona-se com os animais, as plantas e o Jardineiro Joaquim.
Os amigos do Óscar são: o Porco Cambalhota que um dia cambalhotou até à lua, o Ouriço Ribeiro e a sua fábrica de compota de maçã, a Vaca Radical que bebe a água da chuva, a Laranjeira que só dá laranjas amanhã, o Capitão Iglo que, um dia, encalhou numa poça de água do jardim, as Flores que mudam sempre de lugar, o Gigante que tem um carrocel dentro da cabeça, a Galinha Chocapic que choca um ovo que não é novo e todos os bichos, bicharocos e plantas de jardim.
O espectáculo estrutura-se ao longo das quatro estações. O jardim vai-se vestindo de diversas roupagens. As histórias, a música, as cores, as palavras, os cheiros vão tomando a forma das sensações que caracterizam o jardim durante as diferentes fases do ano.
Chega o inverno. Óscar vê o jardim da janela de sua casa. Quando não chove, brinca com as poças de água. O inverno chega ao fim. A vida renasce de novo no jardim, as luzes de cena apagam…
Ao longo das várias edições do FIMFA o Teatro de Marionetas do Porto teve uma presença constante, ao sabermos que voltava a apresentar este espectáculo criado por João Paulo Seara Cardoso, não podíamos deixar de voltar a partilhar o seu trabalho.
“(...) Casas que falam e outras com remela na janela; uma laranjeira a pentear uma laranja; e, para a construção ser perfeita, um herói chamado Óscar, que é ensanduichado e comido por um gigante, dentro de uma baguete descomunal.
Rimas a rodos, verbos inventados como cambalhotar e lagartar, jogos de palavras e todas as associações de ideias sem nexo como, por exemplo, um capitão Iglo a encalhar numa poça, ou um porco na jaula dos leões a chocar um ovo – não se pode contar com ele no cu da galinha – são algumas das invenções saídas, em fartas doses, da fábrica de João Paulo Seara Cardoso (...).” -Manuel João Gomes, Público
“Espectáculo com duende
(...) A espantosa estrutura cenográfica – uma espécie de mesa-telhado-inclinado por cujos postigos surgem e desaparecem duendes-narradores, cenários, animais ocupados nas suas tarefas domésticas ou empresariais (...) – segundo as regras básicas do teatro narrado ou épico (acima de tudo centrado no gesto do manipulador como nem Walter Benjamin imaginou), permite, sobre um eloquente fundo musical (Roberto Neulichedl), o aparecimento e desaparecimento, à vista, do cenário de cada sequência das projecções metonímicas de nuvens e espaços siderais e até um carrocel, marcando as passagens do tempo e das estações, onde se alinham todas as figuras em miniatura.
Mas, além da poesia que envolve todo o espectáculo, a observação das linhas com que o texto se urde é um motivo adicional de delícias para o espectador adulto (...)." - Eugénia Vasquez, Expresso
BIO
O Teatro de Marionetas do Porto constitui-se em 1988 e, numa primeira fase, centra a sua actividade na criação de espectáculos que resultam da pesquisa do património popular. Desta fase, destaca-se o estudo e reconstituição da velha tradição portuguesa do Teatro Dom Roberto. A partir das raízes, a companhia começa a progredir, ao longo de diversas criações com um certo cariz experimental, no sentido da procura de elementos de modernidade na marioneta. "Exit" (1998) é o espectáculo que mais claramente consolida este rumo.
A prática teatral da companhia, actualmente, revela uma visão não convencional da marioneta, conceito aliás continuamente actualizado, e o entendimento do teatro de marionetas como uma linguagem poética e imagética evocativa da contemporaneidade. Procuram-se encontrar novas formas de concepção das marionetas, no limite objectos cinéticos, e novas possibilidades de explorar a gramática desta linguagem teatral, no que diz respeito à interpretação e à relação transversal com outras áreas de expressão como a dança, as artes plásticas, a música e a imagem.
Os espectáculos criados até hoje pelo TMP destinam-se ou ao público adulto ou ao público jovem e a actividade da companhia divide-se entre as apresentações na cidade do Porto, onde ao longo dos anos criou uma forte corrente de público, e uma intensa actividade de itinerância no país e no estrangeiro.
Após a morte de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010) Isabel Barros assumiu a direcção artística da companhia.
Actualmente, o TMP está empenhado num importante projecto, o Museu de Marionetas do Porto, sedeado no centro histórico da cidade do Porto e que constitui uma mostra pública do importante acervo reunido ao longo dos anos.