DudaPaiva Company (Holanda)

"Bastard!"


SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL

22 e 23 de Maio às 21h (Sexta e Sábado)

Estreia Nacional


Criação, coreografia, performer: Duda Paiva Encenação: Paul Selwyn Norton Dramaturgia: Jaka Ivanc Universo sonoro: Erikk McKenzie Vídeo: Hans C. Boe, Jaka Ivanc Desenho de luz: Mark Verhoef Objectos: Duda Paiva, Jim Barnard Figurinos: Javier Murugarren Canção: "Je suis snob" - Boris Vian/Jimmy Walter Trabalho sobre a manipulação: Neville Tranter Produção: Laswerk Co-produção: CaDance 2011/Korzo Productions, Festival Mondial des Théâtres de Marionnettes Charleville-Mézières Técnica: Marionetas e dança Público-alvo: +12 Idioma: Inglês Duração: 60 min.
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Duda Paiva acompanhado pelas suas estranhas figuras, feitas de esponja, transporta-nos para situações absurdas e burlescas num mundo poético, que combina dança contemporânea e marionetas, inspirado pelo universo provocativo de Boris Vian, onde a crueldade do homem é tratada com humor. 

Num futuro bizarro e sombrio uma série de personagens extraordinárias vão em auxílio de um artista que tinha perdido o seu caminho...

Um solo de Duda Paiva, baseado no último romance de Boris Vian, “O Arranca Corações”. À imagem desta obra, o espectáculo move-se entre o absurdo e a realidade, graças a duas das marionetas que Duda manipula, Miss Clémentine e Bastard. Encontramos na personagem principal o desejo de evasão, de escapar à sua condição. Na peça, tal como no romance, a acção desenrola-se num espaço fechado, intemporal e surrealista, como é evidenciado pela abertura do espectáculo e a música de Boris Vian.

Para além de podermos observar o virtuosismo da manipulação de Duda em conjugação com o movimento do seu corpo, será visível outra originalidade do seu trabalho, na utilização de marionetas de esponja, que podem reproduzir uma ampla gama de expressões e permitem uma extensão flexível do seu próprio corpo. "É a dança de um esquizofrénico, que faz fluir o sangue nas veias de espuma; um deleite para os olhos, um verdadeiro choque.”

Bastard! proporciona um diálogo inovador entre a abstração da dança e o realismo do objecto. Duda Paiva expande a sua linguagem teatral, peculiar e única, sobre o movimento e a manipulação, pela utilização de objectos, vídeo e voz, tal como Boris Vian, que teve de inventar novas palavras para descrever as aventuras selvagens e intrigantes da sua obra.

Um dos grandes destaques do festival, para ver, absolutamente!

“Os meus espectáculos falam de pessoas, dos seus sonhos e da sua busca pelo amor. Falam da luta com o mundo que nos cerca e de como cada um procura uma saída. Conto as histórias a partir da dança e do seu cruzamento com objectos. Pela abstração da dança e do realismo do objecto, crio um mundo mágico onde tudo é possível; elevamos a imaginação poética a um nível novo e imprevisível. Este passo é essencial para retratar o mundo rico e cheio de camadas de Vian.” - Duda Paiva




“É um verdadeiro prazer observar a grande virtuosidade de Duda Paiva para manipular marionetas de uma forma pouco usual e complexa (...). Bastard! de Duda Paiva é onde o grande teatro de marionetas se encontra com o grande teatro físico!” - Nigel Luck, Animations Online





“Duda Paiva cria uma magia maravilhosa a partir do lixo.”  - Volkskrant ****estrelas

“Paiva insufla vida e inspiração às suas criações mágicas.” - Parool ****estrelas

Prémios Bastard!
-Prémio Hystrio - Teatro A Corte, atribuído a Duda Paiva, Itália, 2012;
-Grande Prémio do Público Kontrapunkt Sczcecin, Polónia, 2012;
-Prins Bernhard Cultuurfonds Theater Stipendium atribuído a Duda Paiva, Holanda, 2011;
-Prémio de Melhor Espectáculo, Treff Fest Tallinn, Estónia, 2011.

BIO
Bailarino, coreógrafo e encenador, de origem brasileira, Duda Paiva vive e trabalha na Holanda desde 1996. A sua companhia criada em 2004 distingue-se pela sua abordagem multidisciplinar, com base nas pesquisas em torno da dança contemporânea, teatro de marionetas, música e multimédia. As suas produções têm sido apresentadas e premiadas em vários festivais internacionais por todo o mundo.
Na Holanda trabalhou como bailarino com várias companhias e coreógrafos, como Raz, Rogie & Company, Itzik Galili, Paul Selwyn Norton e Ron Bunzl. Depressa descobriu a sua paixão por objectos e marionetas e decidiu combiná-los com dança contemporânea. Tudo começou com Loot, criado para o festival CaDance, em 1998. A partir daqui trabalhou com coreógrafos como Mischa van Dullemen, Shintaro Oue e Ulrike Quade, com quem encenou vários espectáculos, debaixo do nome Quade & Paiva. É pioneiro em novas técnicas que ampliam e dinamizam a linguagem corporal dos bailarinos e das suas coreografias. No FIMFA Lx7 pudemos ver o seu primeiro solo e êxito internacional, Angel, onde demonstrou as suas incríveis capacidades como bailarino e manipulador.
Duda Paiva está interessado no poder do marionetista sozinho no palco. Desenvolveu uma técnica pessoal denominada de "Dividing the Beats", que permite a bailarinos e a actores a exploração do diálogo entre o intérprete e o seu duplo (objecto/marioneta), com a criação de um dueto de dança apenas para uma mente, em que um objecto de espoja, sem vida, pode ser transformado num verdadeiro parceiro de dança.
Um outro elemento essencial do seu trabalho é precisamente o material de que os objectos são feitos, a partir de uma espuma de borracha ultraleve e maleável, que proporciona tanto ao objecto, como aos bailarinos, a flexibilidade e a leveza necessárias aos movimentos. O resultado é uma forma poética que atrai e provoca, mas que também nos faz rir. Em todas as suas criações, tenta derrubar a “quarta parede”, que separa o artista e o público. Através da abstracção da dança e do realismo dos objectos cria um mundo mágico onde tudo é possível, e em que o público é capaz de aumentar a imaginação poética a um novo e imprevisível nível.