FIMFA Lx15 | Destaques

FIMFA Lx15: companhias e criadores que marcaram o festival - estreias nacionais - novas obras: portuguesas e internacionais - criações experimentais - memória - espaço - objectos - movimento - dança - som - imagem. 




No Teatro Maria Matos realiza-se a abertura do Festival com o tão aguardado regresso da companhia holandesa Hotel Modern e “The Great War”, numa fantástica recriação em palco da atmosfera da Primeira Guerra Mundial, com a utilização de maquetes, soldadinhos de chumbo e efeitos especiais. A leitura de cartas autênticas, enviadas pelos soldados das trincheiras e efeitos sonoros do compositor Arthur Sauer ilustram a narrativa. Nas imagens projectadas num ecrã, maior do que a vida, estes campos de batalha em miniatura transformam-se em hiper-realistas cenas de guerra. “The Great War” foi apresentado no âmbito do FIMFA em 2007. A companhia regressou a Portugal com “Kamp” em 2008 e “Shrimp Tales” em 2010, sempre integrados na programação do Festival. A não perder! 
Xavier Le Roy, nome incontornável da dança contemporânea, questiona o espaço teatral, as relações criadas entre público e actores, recorrendo a manequins. "Sans Titre”: um espectáculo triplo - conferência, concerto e peça de dança. O que é que acontece se a conferência não tiver texto, se a música perder a sua voz, e se, tal como cadáveres, os bailarinos estiverem inertes?
Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher apresentam “Hale - estudo para um organismo artificial, o encontro entre cinco criadores, 23kg de plástico e 1710W de potência de ventiladores. Uma criação entre a dança, a performance e as artes plásticas. Um organismo que ganha vida e respira perante os nossos olhos...

No Museu da Marioneta   os Hermanos Oligor apresentam o seu novo projecto, em conjunto com a companhia mexicana Microscopía, “La Máquina de la Soledad. Os Oligor deslumbraram e comoveram o público por duas vezes no FIMFA (2005 e 2010), com o espectáculo “Las Tribulaciones de Virginia”. Por isso o Festival quis partilhar com todos a estreia nacional do seu novo projecto, um teatro de objectos documental, que se desenvolve a partir de uma mala cheia de cartas de amor de 1900, encontrada no México. Uma verdadeira ode ao correio postal e à memória. Um conto de amor, um espaço íntimo, quase secreto, que chega pela primeira vez a Portugal, vindo do outro lado do oceano e onde todos os mundos são ainda possíveis.
O Teatro de Ferro apresenta “O Soldadinho” uma adaptação do conto de Hans Christian Andersen para o teatro de marionetas, objectos e formas animadas, transformando assim os soldadinhos de chumbo e outros brinquedos do passado nos enérgicos heróis do futuro.
O Teatro de Marionetas do Porto traz-nos “Óscar” com encenação do saudoso João Paulo Seara Cardoso. Um “espectáculo, estruturado ao longo das quatro estações, o jardim mágico veste roupagens das diferentes fases do ano, numa encenação que marca o tempo não só pelas palavras e cores, mas também pela música e os cheiros.”

No Teatro Nacional D. Maria II  a nova produção da reputada companhia belga Mossoux-Bonté, "Whispers". No cruzamento da dança e do teatro de marionetas, Nicole Mossoux e Patrick Bonté trabalham estes dois campos artísticos para obterem uma linguagem única. De um espectáculo para outro, exploram sempre novos territórios em que a desordem cria a emoção. Corpo e objectos encontram-se, manequins, sombras e efeitos sonoros introduzem-se numa dança cheia de mistério e poesia. Imperdível!

No Teatro São Luiz  um dos grandes destaques do Festival, o virtuosismo da manipulação de Duda Paiva, acompanhado pelas suas estranhas figuras, transporta-nos para situações absurdas e burlescas num mundo poético, que combina dança contemporânea e marionetas, inspirado pelo universo provocativo de Boris Vian, onde a crueldade do homem é tratada com humor.

Festeja-se também os 15 anos do espectáculo “O Avarento” (El Avaro), agora apresentado pela Cia Pelmànec, inspirado na obra de Molière, um dos espectáculos emblemáticos do festival (grande sucesso da edição de 2009). Nesta adaptação a água é o motivo de cobiça. Os protagonistas são torneiras, canos, tubos ou mangueiras numa criação com um ritmo e manipulação absolutamente mirabolantes.
A Tarumba - Teatro de Marionetas apresenta a sua última criação, “Cabaret de Insectos Dracularium Freak. Um espectáculo inspirado nos antigos circos de Freaks, em antigos mitos de terror e em algumas personagens da obra Drácula de Bram Stoker, que se transforma num verdadeiro museu de curiosidades, extremamente visual, que recorre a várias técnicas de manipulação.
Luís Hipólito estreia a pequena forma “Quid pro quo, recorrendo a objectos, sobre o tema de nem tudo o que parece é. Um espectáculo fora da lei... um espectáculo sem rei nem roque!
Paulo Duarte, português radicado em França, regressa ao FIMFA, com a sua nova companhia, Mecanika, com um novo olhar sobre a sua pequena forma “Deep News #2”, um teatro visual em miniatura.
Em destaque a estreia nacional do premiado documentário “Tomorrow We Disappear” dos realizadores americanos Jimmy Goldblum e Adam Weber, sobre os últimos dias de Kathputli, uma colónia construída pelas mãos de artistas, escondida nos becos de Nova Deli. O filme relata os últimos três anos e segue de perto o marionetista Puran, o mágico Rahman e a acrobata Maya, à medida que se aproxima o despejo eminente. Um retrato comovente a não perder!

Na Casa Fernando Pessoa vamos conhecer a história de um menino que encontra um curioso chapéu e que ganhará vida a partir dos elementos visuais criados pelo ilustrador Gonçalo Viana.

No Teatro Taborda os míticos e preciosos Bonecos de Santo Aleixo que voltam a encantar o público com “O Auto da Criação do Mundo”.

E nas ruas de Lisboa  a mascote “oficial” do FIMFA Lx, Big Rory, o gigante escocês com quase três metros de altura, e o seu muito amado e irreverente cão, o Ochie! Para além de Big Bad Wolf dos Pickled Image, uma singular marioneta com cerca de 1,80m, mas não tenham medo, não é assustadora, é apenas muito, mas mesmo muito peluda!

Sejam bem-vindos ao FIMFA Lx15!