"Sans Titre"
MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL
16 e 17 de Maio às 21h30 (Sábado e Domingo)
Estreia Nacional
Concepção e interpretação: Xavier Le Roy Direcção técnica: Bruno Moinard Manequins: Coco Petitpierre Assistente de ensaios: Scarlet Yu Organização: Vincent Cavaroc e Fanny Herserant - Illusion & Macadam Produção: Le Kwatt Fotografia: Jamie North-Kaldor Co-produção: Théâtre de la Cité Internationale, Festival d'Automne à Paris, PACT Zollverein, Kaaitheater, Festival Theaterformen Hanovre Apoios: Le Kwatt é apoiado pela Direction Régionale des Affaires Culturelles d'Ile-de-France Técnica: Dança e manequins Público-alvo: +12 Idioma: Inglês Duração: Aprox. 70 min. Sala principal com bancada Bilheteira online
O coreógrafo Xavier Le Roy tem-se imposto como um técnico de laboratório, sem paralelo, sendo considerado, tal como Jérôme Bel, uma das figuras centrais da chamada dança conceptual. Metódico, Le Roy persegue um tema pelo qual está obcecado: a necessidade de regras e as suas transformações.
Situações estranhas...
Quando idealizamos um espectáculo, pensamos num grupo de pessoas reunidas numa sala, sentadas nos seus lugares a assistirem, em silêncio, no escuro, a um ou mais indivíduos a produzirem acções em palco. Sans Titre (Sem título) é um espectáculo triplo - conferência, concerto e peça de dança - que altera as regras do jogo (social ou estético), e observa quão lentamente se constrói um novo equilíbrio.
Nas três peças que compõem o espectáculo, um elemento essencial para o seu desenrolar é alterado, invertido ou omitido. Estas novas regras induzem os espectadores e os actores a negociarem as suas relações com essas situações estranhas e às vezes perturbadoras. O que é que vai acontecer se a conferência não tiver texto, se a música perder a sua voz, e se, tal como cadáveres, os bailarinos estiverem inertes?
“Por vezes, sentado numa cadeira de teatro, vejo um espectáculo e penso: que ideia tão estranha esta, a de um dispositivo onde as pessoas estão sentadas no escuro para olharem para outras que actuam na luz. Este pensamento é, geralmente, seguido por um sentimento que reflecte a importância deste momento raro, que junta os seres humanos para formarem uma comunidade valiosa para o nosso tempo. Em seguida, tenho a impressão que devo reaprender a estar junto com os outros, a partir do que esta situação permite. Mas, ao mesmo tempo, os seus termos parecem acentuar a solidão de estar preso à armadilha do individualismo. As fronteiras entre o público e os actores, entre a ficção e a realidade, verdades e crenças, a vida e a morte, objecto e sujeito, esquecimento e memória, parecem querer repetir e confirmar divisões. As três peças desta noite tentam alterá-las para que a sensação de estar preso abra caminho para a possibilidade de movimento.” - Xavier Le Roy
O coreógrafo Xavier Le Roy tem-se imposto como um técnico de laboratório, sem paralelo, sendo considerado, tal como Jérôme Bel, uma das figuras centrais da chamada dança conceptual. Metódico, Le Roy persegue um tema pelo qual está obcecado: a necessidade de regras e as suas transformações.
Situações estranhas...
Quando idealizamos um espectáculo, pensamos num grupo de pessoas reunidas numa sala, sentadas nos seus lugares a assistirem, em silêncio, no escuro, a um ou mais indivíduos a produzirem acções em palco. Sans Titre (Sem título) é um espectáculo triplo - conferência, concerto e peça de dança - que altera as regras do jogo (social ou estético), e observa quão lentamente se constrói um novo equilíbrio.
Nas três peças que compõem o espectáculo, um elemento essencial para o seu desenrolar é alterado, invertido ou omitido. Estas novas regras induzem os espectadores e os actores a negociarem as suas relações com essas situações estranhas e às vezes perturbadoras. O que é que vai acontecer se a conferência não tiver texto, se a música perder a sua voz, e se, tal como cadáveres, os bailarinos estiverem inertes?
“Por vezes, sentado numa cadeira de teatro, vejo um espectáculo e penso: que ideia tão estranha esta, a de um dispositivo onde as pessoas estão sentadas no escuro para olharem para outras que actuam na luz. Este pensamento é, geralmente, seguido por um sentimento que reflecte a importância deste momento raro, que junta os seres humanos para formarem uma comunidade valiosa para o nosso tempo. Em seguida, tenho a impressão que devo reaprender a estar junto com os outros, a partir do que esta situação permite. Mas, ao mesmo tempo, os seus termos parecem acentuar a solidão de estar preso à armadilha do individualismo. As fronteiras entre o público e os actores, entre a ficção e a realidade, verdades e crenças, a vida e a morte, objecto e sujeito, esquecimento e memória, parecem querer repetir e confirmar divisões. As três peças desta noite tentam alterá-las para que a sensação de estar preso abra caminho para a possibilidade de movimento.” - Xavier Le Roy
BIO
Xavier Le Roy estudou Biologia Molecular na Universidade de Montpellier e trabalha como bailarino e coreógrafo desde 1991.
Fez espectáculos com a Compagnie de l'Alambic (1992-1995), o grupo Detektor (1993-1997), Quatuor Knust (1996-2000), Alain Buffard (1999), Marten Spangberg (2000), Lindy Annis (2005) e Tino Sehgal (2001 e 2006).
De 1996 a 2003 foi o artista residente no Podewil e TanzWerkstatt, em Berlim. As suas coreografias e pesquisas abrangem os seguintes trabalhos: "Self Unfinished", “Product of Circumstances” (1999), E.X.T.E.N.S.I.O.N.S. (1999-2000), “Xavier Le Roy” (2000) uma peça Jérôme Bel, “Meetings” (2000) com Yvonne Rainer a convite de Tanz im August-Berlin, “Giszelle” (2001) em colaboração com Eszter Salamon, “Project” (2003) uma peça com 15 intérpretes/coreógrafos.
Em 2003 encena uma peça de teatro musical de Bernhard Lang, “Le Théâtre de Répétitions”. Em 2004, dedica o seu tempo a experiências de ensino em diversos contextos e instituições. Em 2005, numa encomenda do festival Wien Modern, concebe e encena “Mouvements für Lachenmann“.
Em 2006 a convite da orquestra filarmónica de Berlim, cria uma coreografia com 40 crianças sobre a música “ionization” de Edgar Varèse. Em 2007-2008, foi "artista associado" no Centre Chorégraphique National de Montpellier, onde co-dirigiu com Mathilde Monnier o programa de formação ex.e.r.ce 07, trabalha numa coreografia a solo "Le Sacre du Printemps" (2007), cria um espectáculo para 8 músicos “More Mouvements Für Lachenmann” (2008) e inicia “6 Mois 1 Lieu”, um projecto de pesquisa com 8 artistas associados aos 11 estudantes ex.e.r.ce.08.
Em 2009 retoma as digressões dos seus espectáculos, ensina na Staatliche Hochschule für Gestaltung de Karlsruhe, em P.A.R.T.S - Bruxelas e ocupa a cadeira Valeska Gert do departamento de ciências da dança do Institut für Theaterwissenschaft da Freie Universität, em Berlim. No mesmo ano cria “To contemplate” no festival In-Presentable-Madrid e "Xavier fait du Rebutoh" no Musée de la Danse, em Rennes, no âmbito de “Rebutoh". Peça que retrabalha mais tarde, sob o título: "product of other circumstances".
Em 2010 criou "Floor Pieces" na Julia Stoscheck Collection em Düsseldorf e é artista residente no MIT (Massassuchet institute of Technology) no programa Art Culture and Technology (Cambridge, EUA), onde apresenta “more floor pieces”. Em 2011, a convite da Hayward Gallery - Londres, no quadro da exposição " Move: choreographing you", criou em conjunto com Mårten Spångberg uma peça para três bailarinos intitulada "production" e no mesmo ano estreia a peça de grupo “low pieces”. Em 2012, em resposta à carta branca de Laurence Rassel, realiza a exposição «rétrospective», concebida para 6 performers na Fondation Antoni Tapiès – Barcelona e cria “Untitled” (2012) para a exposição 12 Rooms no Folkwang Museum de Essen.
Xavier Le Roy > Untitled (2014) from PACT Zollverein on Vimeo.