Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher (Portugal-Polónia-Espanha)

"Hale - estudo para um organismo artificial"


MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL

16 e 17 de Maio às 19h (Sábado e Domingo)


Criação: Aleksandra Osowicz, Filipe Pereira, Helena Martos, Inês Campos e Matthieu Ehrlacher Interpretação: Filipe Pereira, Flora Detraz, Helena Martos, Inês Campos, Joana Leal e Matthieu Ehrlacher Sonoplastia: João Bento Aconselhamento artístico: Patrícia Portela Aconselhamento de luz: Carlos Ramos Direcção técnica: Frederico Godinho Fotografia: Inês Campos Residências artísticas: Espaço Alkantara, O Espaço do Tempo, Forum Dança/Edifício Apoio: Départs Agradecimentos: António Campos, Atelier RE.AL, EIRA, Francisca Pinto, Joana Duarte, Mariana Bártolo, O Espaço do Tempo, O Rumo do Fumo, Sofia Dias & Vítor Roriz, Teatro Praga, Teresa Silva Técnica: Mista Público-alvo: +5 Idioma: Sem palavras Duração: Aprox. 35 min. Sala principal com bancada
Hale - estudo para um organismo artificial, é um projecto iniciado no contexto do PEPCC/Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica ministrado pelo Forum Dança (Lisboa 2010/12)
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Hale é o encontro entre cinco criadores, 23kg de plástico e 1710W de potência de ventiladores. O seu corpo colectivo em transformação constante, que vive e respira, é uma dança onde a coreografia se manifesta em arquitectura plástica. O que à partida é matéria inanimada ganha vida num encontro entre o naturalmente artificial e o artificialmente orgânico.

Hale vive da hibridez, entre a dança, a performance e as artes plásticas. Perante a fronteira entre o artificial e o orgânico, o interesse dos criadores reside ainda na ideia paradoxal de animar um corpo inerte, de dar vida e personalidade a uma matéria produzida industrialmente, observando as suas características e limitações de movimento, potenciando a sua organicidade e propondo novas formas para a imaginação. Este organismo, que respira e ganha vida, vai-se desdobrando e multiplicando em paisagens que aludem a seres vivos, matérias orgânicas, formas abstractas e desconhecidas, numa constante e surpreendente transformação que vai tomando e dominando o espaço cénico.

Hale é uma obra de invulgar sensibilidade, um sentido rigoroso do tempo e da estrutura e o uso poético do espaço, um objecto híbrido que utiliza materiais e corpos como um terreno comum para criar coisas vivas e pensamentos em movimento.” - Patricia Portela

“Trata-se, sem dúvida, duma invulgar experiência performática de grande eficácia estética que recria de certa maneira o “corpo-sem-órgãos” de que falava Artaud, que aqui pode ser visto como a metáfora dum monumental animal anómalo disposto em acabar com a vida de todos os que nele ousaram entrar percorrendo perigosamente o seu delirante labirinto. (...) Hale é um espectáculo performático híbrido, que tanto tem de robusto (hale) como de volúvel e que procura sobretudo experimentar a linguagem táctil do corpo e da matéria em permanente deslocamento, como um poema animal vivo que respira, sofre e ama.” - Carlos França, Porto 24


BIO
Aleksandra Osowicz nasceu em Wrocław, Polónia, em 1987. Concluiu a sua formação no Departamento de Media e Fotografia da Academia de Belas Artes de Wroclaw. Fez o curso PEPCC do Fórum Dança, em Lisboa (2010/12). Desde o seu primeiro contacto com a dança, em 1995, actuou em diversos festivais e teatros, dos quais destaca, Underwater Wroclaw, Festival Grotowski, em Wroclaw; International Dance Theatres Festival, em Lublin; International Contemporary Dance Conference, em Bytom; Przystanek Czkałowo, no Cazaquistão; e Festival Alkantara, em Lisboa. Desde 2007, que trabalha como instrutora de release technique, floor work e improvisação. Participou no TRYANGLE - Performing Arts Research Laboratories, em O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo. Foram-lhe concedidas bolsas por várias instituições: Institute of Music and Dance, "Supporting International Activity"; Fórum Dança, Lisboa; Município de Wroclaw; Instituto Adam Mickiewicz, "Polish Culture in the World"; e da Televisão Polaca, "Creative Valley".

Filipe Pereira é licenciado em dança pela Escola Superior de Dança do Instituto Politécnico de Lisboa. Em 2012 concluiu o curso PEPCC do Fórum Dança. Profissionalmente, como intérprete, trabalhou com Inês Jacques, Sofia Dias, Vitor Roriz, Martine Pisani, Felix Rucker, Tânia Carvalho, Tiago Guedes e Trisha Brown Dance Company. Em 2012 co-cria “Hale”. Em 2013 cria “O que fica do que passa”, em colaboração com Teresa Silva.

Helena Martos Ramírez nasceu em Espanha em 1984. Estuda dança desde 1994, em Espanha (Conservatório Profissional de Córdoba), França (CCN de Montpellier), Holanda (SNDO de Amesterdão). É formada em actividade física e ciências do desporto, pela Universidade de Granada. Em 2008, foi co-criadora do Colectivo D´akipayá e da peça “Le bal des 3 petites têtes”, seleccionada em 2011 para o Circuito de Dança Andalusa. Em 2012 termina o curso PEPCC do Fórum Dança, onde trabalhou com Vera Mantero, Meg Stuart, Loïc Touzé, Francisco Camacho, Lisa Nelson, entre outros. Durante o curso, cria o solo “procuro o meu coração assim como os porcos procuram trufas” e é co-criadora de "Hale”.

Inês Campos nasceu no Porto em 1990. Licenciou-se na Escola Superior de Dança em Lisboa, em 2011. Concluiu o curso PEPCC do Fórum Dança, em Lisboa, em 2012, e o “Laboratório de Estudos do Movimento” na Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, em Paris, em 2013. Como performer, trabalhou com Tânia Carvalho em "Icosahedron" (Montemor, Lisboa, Paris, Uzés, Berlim, Viena, Barcelona, Vila do Conde); João Costa Espinho em “Bestiaire” (Porto); António Tavares em “Extravanca!” (S. Pedro do Sul, Tavira); Margarida Bettencourt na reinterpretação do solo “At once” de Deborah Hay; e é co-criadora de “Hale”. Completou também o Curso Profissional de Design de Comunicação e está envolvida como cantora e violoncelista nos projectos musicais "Stopestra" e "Sopa de Pedra".

Matthieu Ehrlacher nasceu em Figeac, França, em 1985. Em 2004 inicia-se em dança contemporânea com Carla Ribeiro, Ana Borges e Ana Santos Novo e em 2009 integra o grupo de teatro amador Gato em Vila Nova de Santo André. Em 2012 conclui o curso PEPCC do Fórum Dança, onde cria os solos "a minha metade”, "à mesa há uma acumulação de emoções agarradas por um quotidiano de talheres duros, frios, deformados, alinhados e brilhantes que aquecem nossas mãos inconscientes", e co-cria “Hale".
Como performer destaca "Monster" de Carlota Lagido; "Can you...?" de Fabiola Montiel e Nicola Dias; “One-more-time” de Martine Pisani; "The dross" de Joana Duarte, "Blind belongings with the velocity of the circled knives" e "Reservoir" de S. Cansu Ergin. Estudou saxofone na escola de jazz Hot Clube e integra actualmente as Bandas Farra Fanfarra, Groove Intercourse, Inner Spaceways e Puntzkapuntz.