Cie Mossoux-Bonté (Bélgica)

"Whispers"


TEATRO NACIONAL D. MARIA II - Sala Estúdio

15 e 16 de Maio às 21h15 (Sexta e Sábado) | 17 de Maio às 16h15 (Domingo)

Estreia Nacional


Concepção, coreografia e interpretação: Nicole Mossoux Encenação: Patrick Bonté, Nicole Mossoux Música original ao vivo: Mikha Wajnrych (objectos sonoros), Thomas Turine (composição electroacústica) Figurinos: Colette Huchard Cenografia: Johan Daenen Desenho de luz: Patrick Bonté Direcção técnica: David Jans MaquilhagemJean-Pierre Finotto Fotografia: Mikha Wajnrych Apoios: Théâtre de la Balsamine (Bruxelas), Théâtre Le Passage (Fécamp) Técnica: Objectos, dança e som Público-alvo: +12 Idioma: Sem palavras Duração: Aprox. 60 min. Bilheteira online


No cruzamento da dança e do teatro de marionetas, Nicole Mossoux e Patrick Bonté trabalham estes dois campos artísticos para obterem uma linguagem única. De um espectáculo para outro, exploram sempre novos territórios em que a desordem cria a emoção. Corpo e objectos encontram-se, manequins, sombras e efeitos sonoros introduzem-se numa dança cheia de mistério e poesia, como em Whispers.

Nascimento de fantasmas...
No palco encontra-se uma única mulher. Sozinha ou talvez não. Parece que o espaço é habitado. Testemunhamos presenças furtivas, sons abafados e figuras fantasmagóricas que surgem de repente, por todo o lado, ocupando cada vez mais o espaço, sussurrando aos nossos ouvidos, quais guardiões de um segredo. Quem serão estes espíritos que vagueiam sem parar, perturbando o nosso presente com o seu passado irrecuperável?

Uma mulher está ali e não sabe o que a assombra, se é a sua própria experiência ou a dos seus antepassados. Ela tenta decifrar estes murmúrios furiosos que se assemelham a uma conspiração contra os vivos. De que forma poderá escapar a esta cadeia geracional, qual será a saída? Como viver uma alvorada que não é marcada pela noite?

Whispers, sussurros, arrepios da alma, um burburinho de lembranças e de antepassados que irrompem no palco.

Em “Twin Houses” manequins siameses invadiam o espaço privado do corpo, em “Light”, a sombra transformava-se no duplo da personagem, tornando-se esta estranha a si própria. Os objectos de “Kefar Nahum” devoravam o seu próprio criador. Desta vez é o som que se transforma em personagem, ocupando um lugar perturbador e mágico, com uma instalação sonora que é realizada ao vivo, numa interacção íntima com o movimento, tentando cartografar o mundo através das suas ressonâncias.

A não perder a última criação de 2015 de Nicole Mossoux, um solo apresentado no FIMFA em estreia nacional!










BIO
Nicole Mossoux e Patrick Bonté criam espectáculos situados na fronteira da dança e do teatro, desde o seu encontro em 1985. Quando formaram a Cie Mossoux-Bonté iniciaram uma pesquisa criativa com o objectivo de fundir estes dois campos artísticos numa única linguagem, a partir de temas específicos, que encontram a sua formulação no movimento. O duo tem simultaneamente realizado diversos filmes. Os seus espectáculos, apresentados em mais de quarenta países, procuram criar uma atmosfera que toca o espectador, para que este se sinta emocionalmente implicado, onde a sua individualidade seja guiada pela emoção.
Bailarina e coreógrafa belga, Nicole Mossoux nasceu em Bruxelas em 1956. Depois da sua formação em dança clássica e dos seus estudos na Escola Mudra de Maurice Bejart, cria, desde 1978, diversos espectáculos a solo. Interessa-se pela psicanálise e, após o seu encontro com o dramaturgo e encenador Patrick Bonté, concebe em conjunto a primeira coreografia, de uma longa série de espectáculos partilhados e em alternância, “Juste Ciel”, apresentada no espaço Plan K, dirigido por Frédéric Flamand.
Desde 1999, além de laboratórios dirigidos a profissionais do teatro, que abordam a relação do movimento com a presença do objecto (com Agnès Limbos) ou sobre movimento e figurinos (com Colette Huchard), dirige oficinas de dança destinadas a crianças autistas e psicóticas, em colaboração com os psicanalistas Trees Traversier e Jean Florence. No FIMFA apresentou os solos “Twin Houses”, em 2009, e “Kefar Nahum”, em 2013, considerado um dos espectáculos do ano por João Carneiro no jornal Expresso.