Compañía Pelmànec (Espanha)

"O Avarento"


SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Teatro-Estúdio Mário Viegas

19, 20 e 21 de Maio às 21h (Terça, Quarta e Quinta)


Encenação: Olivier Benoit e Miquel Gallardo Actores-manipuladores: Miquel Gallardo e Olivier Benoit Ideia original: Jordi Bertran Concepção: Miquel Gallardo, Olivier Benoit e Jordi Bertran Adaptação: Eva Hibernia, Miquel Gallardo e Olivier Benoit Cenografia: Xavier Erra Figurinos: Susana Santos Desenho de luz: Daniel Ibor e Miquel Gallardo Universo sonoro: Olivier Benoit e Miquel Gallardo Técnico de luz e som: Xavier Muñoz Fotografia: Marta Vidanes Produção: Compañía Pelmànec com a colaboração de Tàbola Rassa Técnica: Teatro de objectos Público-alvo: +8 Idioma: Espanhol Duração: 75 min.
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Um espectáculo imperdível que faz parte da história do teatro de objectos e que foi um dos maiores sucessos do FIMFA!

As mudanças climáticas estão a transformar o planeta Terra num deserto, onde o mais rico será o que detém a maior quantidade de água. O que aconteceria se o avarento apresentado no espectáculo desse um salto ao futuro e monopolizasse a água em vez de dinheiro? Depois de ver este espectáculo vai lavar as mãos com outros olhos...

O teatro de objectos pressupõe um olhar diferente sobre o mundo que nos rodeia, um convite para perceber em cada objecto as marcas da humanidade que o criou. É esta dimensão humana dos objectos que este espectáculo nos quer revelar. Nesta adaptação de O Avarento, de Molière, já não é o dinheiro o motivo de cobiça, mas a água. Os protagonistas desta comédia visionária não podiam ser senão torneiras, canos, tubos, mangueiras e recipientes de vários tipos. Doze personagens, manipuladas à vista por dois actores, interpretam esta versão atípica e divertida deste grande clássico. Imprescindível!

“A avareza define Harpagão, usurário e especulador, sem amigos, ninguém o estima. O seu desejo por Marina, uma jovem encantadora com quem se quer casar, apesar da sua pobreza, vai torna-lo ainda mais desprezível e patético para a sua família. Sobretudo quando descobre que a sua pretendida já está comprometida com o seu filho Cleanto. Mas tudo passa para segundo plano quando o velho Harpagão se apercebe que alguém lhe roubou a caixa com todo o seu dinheiro. E o principal suspeito é Valério, um jovem criado que entrou ao seu serviço para conquistar secretamente Elisa, a jovem filha do velho avarento, que quer casar com um nobre rico para obter um bom dote.
A comédia está servida. Ah, mas esperem, ainda não! Um pequeno detalhe: aqui, o ouro não tem nenhum valor, porque todas as personagens são torneiras, tubos, mangueiras e outros objectos ligados geralmente à água, e a riqueza pela qual Harpagão anseia de forma doentia, é a água...
Desejamos a todos um bom mergulho!”


“Para mim, o melhor foi a versão de Molière, (...) com marionetas feitas com torneiras, tubos e por aí fora, presas a pedaços de tecido, manipuladas por dois afirmados actores-manipuladores. Foi muito rápido, muito rude e extremamente divertido. O público estava extasiado e deu-lhes uma ovação. É curioso como meios muito simples aliados a uma ideia brilhante resultam geralmente em triunfo”. - Penny Francis, Animations Online

“(…) Há, nesta capacidade de dar vida e personalidade a simples torneiras, apenas vestidas com tecidos, efeitos de luz e música, algo de fundamentalmente mágico.” - Elisabeth Chardon, Le Temps

“(…) A companhia Tàbola Rassa combina com talento o texto clássico e o teatro de objectos. (…) Engenhoso e divertido, O Avarento é pretexto para anacronismos, apartes e divagações extravagantes.” - Bruno Masi, Libération

“(...) Com uma hilariante adaptação da comédia de Molière, O Avarento. (...) Os amantes oxidam-se de amor, Élise chora de torneira aberta pela sua paixão contrariada. A inusitada expressividade dos objectos, accionados pela atracção sexual ou pela ambição, é conseguida pela excelente interpretação de dois actores que criam doze personagens através da voz e do movimento. Uma mão que sai debaixo dos tecidos - corpo e figurino das personagens – reforça sentimentos, emoções e temperamento de cada uma das figuras. E as próprias cabeças, isto é, as torneiras, adquirem uma personalidade perfeitamente adequada às características vocais e à gestualidade. Os jogos de palavras, a interrupção da ficção pela desmontagem do jogo entre manipulador e objecto, a música de Vivaldi, quando dois panos esvoaçantes, em delírio, representam uma cena erótica, são alguns dos momentos de humor perspicaz e rápido, que pontuam um espectáculo onde o ritmo é assegurado pela consistência dramatúrgica.”  
- Rita Martins, Público - Caderno P2, ****estrelas

Prémios
-Prémio Melhor Espectáculo, Fira de Titelles de Lleida 2002;
-Prémio Melhor Espectáculo e Melhor Interpretação, Fira de Titelles de la Vall d’Albaida 2002;
-Prémio do Júri e do Público para Melhor Espectáculo, Festival de Belo Horizonte 2003 (Brasil);
-Prémio Melhor Espectáculo da Temporada, Asociación de Espectadores del Teatro del Mar 2003 (Palma de Mallorca);
-Prémio Festival PIF de Zagreb 2005 (Croácia);
-Prémio Festival de Ostrava 2005 (República Checa);
-Prémio para o Espectáculo mais Original e do Público, Festival Lutke 2008 (Eslovénia).

BIO
A Compañía Pelmànec é a plataforma criativa de Miquel Gallardo, actor, dramaturgo e manipulador, com mais de 20 anos de carreira. Foi criada em 2009 para estrear o seu primeiro espectáculo a solo: Don Juan. Memoria amarga de mí. Em 2011 estreia Diagnóstico: Hamlet (apresentado no FIMFA Lx12). Em ambos os casos Miquel Gallardo explora a técnica de manipulação e interpretação simultânea, com marionetas de tamanho real, criando um estilo pessoal pelo qual recebeu importantes prémios e o reconhecimento do público e da crítica. Em 2014 recuperou o espectáculo El Avaro de Molière, uma obra criada por ele juntamente com Olivier Benoit e Jordi Bertran, e estreada em 2000. É uma hilariante adaptação do clássico francês para o teatro de objectos que tem viajado por todo o mundo, pelas mãos de Tàbola Rassa, e que ganhou vários prémios. Na celebração dos 15 anos da sua estreia, Miquel Gallardo volta a apresentar esta peça, renovando-a, mas mantendo o seu espírito crítico e selvagem. El Avaro foi apresentado no FIMFA Lx9, e foi um dos grandes êxitos da história do Festival e, devido a inúmeros pedidos do público, volta a estar presente no âmbito da celebração das suas 15 edições.