Teatro de Ferro (Portugal)

"O Soldadinho"


MUSEU DA MARIONETA

9 de Maio às 16h (Sábado) | 10 de Maio às 11h30 e 16h (Domingo)


Baseado num conto de Hans Christian Andersen
Texto e encenação: Igor Gandra Interpretação: Carla Veloso e Igor Gandra Operação de luz e som: Hernâni Miranda Fotografia: Susana Neves Produção: Teatro de Ferro Estrutura financiada por: Governo de Portugal - Secretário de Estado da Cultura – DGArtes Técnica: Manipulação à vista Público-alvo: +4 Idioma: Português Duração: Aprox. 45 min.



















Havia muitos brinquedos no quarto
Havia brinquedos disto
Havia brinquedos daquilo
Brinquedos de pilhas
Brinquedos de corda
Brinquedos de rapaz
Brinquedos de rapariga […]
E havia também uma bailarina que deixou o soldadinho en-can-ta-do!

Uma adaptação para o teatro de marionetas, objectos e formas animadas do conto de Hans Christian Andersen, transformando assim os soldadinhos de chumbo e outros brinquedos do passado nos enérgicos heróis do futuro. Foi realizada uma actualização da forma, sem danificar a essência do conto, do amor platónico, impossível entre o soldado e a bailarina, desta espécie de Romeu e Julieta em brinquedo.

Retomando a estrutura do conto de Hans Christian Andersen, O Soldadinho fala-nos de um amor a sério entre um soldado e uma bailarina de brincar. A manipulação de objectos, as pequenas máquinas de cena e outras engenhocas articulam-se no dispositivo cénico – pequena máquina de contar histórias – em que os actores são simultaneamente maquinistas e passageiros.

Embora os contos de fadas tragam consigo uma enorme diversidade de signos inconscientes, este conto é abordado sob o prisma da teatralidade das situações, das emoções e das personagens.

O Soldadinho foi criado em 1994 e é a primeira encenação de Igor Gandra. Este projecto foi inicialmente desenvolvido no Teatro de Marionetas do Porto por Igor Gandra e Carla Veloso e teve a generosa atenção de João Paulo Seara Cardoso no acompanhamento artístico do projecto. Transitou para o repertório do Teatro de Ferro em 2002.

O público lisboeta tem acompanhado as diversas fases de criação do Teatro de Ferro no FIMFA. Agora pode conhecer o seu primeiro projecto criado nos primórdios da companhia.


BIO
O Teatro de Ferro surgiu em 1999. Criado inicialmente como um rótulo para as criações de Igor Gandra e Carla Veloso, o projecto foi evoluindo gradualmente para a condição de estrutura profissional de criação.
A escolha deste nome, Teatro de Ferro, pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e ao mesmo tempo mutável: este processo de transformação continua a inspirar o grupo. O trabalho da Companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objectos. É um projecto que assenta numa lógica de investigação em que a marioneta tem assumido um valor matricial, nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras. As relações, do corpo-intérprete com o objecto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação, são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF. Os espectáculos realizados devem ser inscritos nas formas teatrais e dramatúrgicas que colocam a palavra num plano de igualdade em relação a outras linguagens e a promoção da dramaturgia contemporânea portuguesa é um traço caracterizador do seu projecto artístico, pelo que a companhia tem trabalhado principalmente com textos originais de autores portugueses. 
O TdF tem vindo a alcançar públicos heterogéneos e as parcerias improváveis, a procura de contextos alternativos aos circuitos das artes do espectáculo, a intensa actividade itinerante, a criação destinada aos mais jovens e os projectos de acção cultural são os gestos mais claros no percurso da companhia.